Verão Amazônico exige cuidados extras com a pele - Front Comunicação Estratégica

Verão Amazônico exige cuidados extras com a pele

Imagem: Freepik

Durante o verão amazônico, alguns cuidados com a pele devem ser redobrados, pois as temperaturas mais quentes e os raios solares mais intensos podem favorecer a proliferação de microorganismos, e assim aumentar riscos para inúmeras doenças de pele que podem ser contraídas nessa época, seja por conta dos raios UVA e UVB ou até mesmo pela areia da praia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), algumas medidas de proteção recomendada para essa época são: limitar o tempo de exposição ao sol do meio-dia; ficar na sombra; vestir roupas de proteção; usar chapéu de abas largas para proteger os olhos, o rosto e as orelhas.

Para saber mais dicas sobre o assunto, conversamos com a médica dermatologista, Elcilane Gomes, que conta sobre as formas de proteção contra algumas doenças de pele comum no verão, são elas: micoses de pele, larva migrans — conhecida como bicho-geográfico — queimaduras solares, brotoeja e acne solar.

“Desse modo é importante que tomemos alguns cuidados especiais nessa época do ano, como por exemplo, evitar andar descalços em terrenos arenosos e banheiros públicos, secar bem áreas de dobras com maior tendência a umidade, usar protetor solar adequado ao seu tipo de pele pela manhã e reaplicar a cada duas horas, com FPS superior a 30, evitar exposição solar entre os horários de 10h e 16h, e hidratar-se bem aumentando a ingestão hídrica”, explica a médica.

Ela alerta também para o cuidado e atenção com a areia da praia, pois há maior probabilidade de adquirir micoses e larva migrans, conhecida popularmente como bicho-geográfico, já que às marcas que a larva deixa na pele ao se movimentar ficam como um mapa.

Por outro lado, as micoses na pele, unhas e couro cabeludo podem ser mais frequentes nesse período devido ao calor e à umidade do verão, que favorecem o desenvolvimento de fungos. Segundo a especialista em dermatologia, a micose mais comum é o ‘pano branco’, causada pelo fungo Malassezia furfur, que se manifesta quando a oleosidade da pele aumenta. Já o bicho geográfico é causado por larvas de parasitas encontrados em fezes de animais e se manifesta como lesões avermelhadas e sinuosas na pele, que coçam bastante. O contato com a terra contaminada e a falta de higiene adequada podem aumentar o risco da doença.

 “Para prevenir, é importante manter a pele sempre limpa e seca, principalmente nas áreas de dobras. Evitar andar descalço em locais úmidos e consultar um dermatologista ao notar qualquer alteração na pele”.

Elcilane Gomes enfatiza para os cuidados que pacientes com dermatite atópica devem ter durante o veraneio. “Por ter uma pele mais sensível que o restante da população e uma barreira cutânea mais propícia a infecções secundárias, é necessário reduzir a quantidade de banhos, utilizando sempre sabonetes adequados, hidratando muito bem a pele após esses banhos, além disso é fundamental usar protetor solar adequado para a pele do paciente atópico”, complementa.

CUIDADOS COM A PROTEÇÃO

Quanto à utilização do filtro solar, a especialista recomenda a aplicação 30 minutos antes da exposição solar e reaplicação a cada duas horas, pois no verão a transpiração e prática de atividade física são maiores. 

 “O ideal é que se evite os horários entre 10h e 16h, preferindo ir à praia mais cedo ou no fim da tarde. Existem alguns protetores solares que podem ser utilizados tanto no rosto quanto no corpo, a cosmética deles permite essa particularidade. Consulte sempre seu médico dermatologista e veja a melhor opção para você e seu tipo de pele”, finaliza.

Texto: Gabrielle Nogueira | Front Saúde