Um novo modelo do Sistema Nacional de Acesso a Consulta e Cirurgia começa a ser testado nesta segunda-feira (15), no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa e nas Unidades Locais de Saúde (ULS) de Coimbra e do Alto Ave, em Guimarães. O novo sistema demanda uma maior responsabilidade por parte da pessoa atendida, o paciente deverá escolher até três datas sugeridas para a cirurgia e terá, no máximo, 48 horas para responder. Caso o prazo máximo de espera seja ultrapassado, o procedimento poderá ser reavaliado.
O modelo visa diminuir o tempo de espera para consultas e cirurgias, já que os assistidos vão poder escolher ser operados num hospital privado caso o tempo de resposta não seja cumprido pelo público.
Após ser ultrapassado o tempo máximo recomendado para realizarem uma cirurgia, os doentes terão 48 horas para decidir se aceitam ser operados no local que tem disponibilidade, no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou numa unidade privada. Caso recusem as três datas que serão disponibilizadas, os enfermos serão excluídos da lista de espera.
Ao contrário do modelo atual, o novo atribui mais responsabilização ao doente, que deve ser informado com a sugestão de datas de cirurgia por telefone, no mínimo, com 15 dias de antecedência, que não ultrapasse o prazo máximo recomendado de espera.
Fases de testes
Nesta fase de teste, os pacientes que já aguardam cirurgias no IPO de Lisboa e nas Unidades Locais de Saúde de Coimbra e do Alto Ave ainda estão sujeitos às regras do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC).
Em entrevista concedida à Renascença a coordenadora do grupo de trabalho do Sistema Nacional de Acesso a Consulta e Cirurgia (SINACC), Joana Mourão, disse que assim que for atingido o tempo máximo de resposta, será emitido um Vale Cirurgia, para que os serem atendidos numa unidade conveniada ao SNS.
O enfermo vai poder acompanhar a evolução da situação na aplicação do SNS 24 no telemóvel ou no portal do SNS24, por meio do número de inscrição para cirurgia. Isto dá a possibilidade de perceber quantas pessoas há na frente dele, em lista de espera. Contudo, esta funcionalidade ainda está a ser testada, por isso ainda não se encontra disponível no momento.
O novo modelo vem para substituir o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), criado há 21 anos pela mesma razão: agilizar o processo de marcação de consultas e cirurgias.
Fonte: Euro News