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A Sociedade Brasileira de Cardiologia diminuiu o índice de controle do colesterol ruim, o LDL, a meta antes da nova mudança era de que o LDL ficasse em até 130, agora passou para 115.
Já para quem teve algum problema cardiovascular, como infarto ou AVC, o acidente vascular cerebral, o controle precisa ser ainda mais severo, o colesterol ruim máximo que era de 50, passou para até 40.
De acordo com o médico, Dr. em cardiologista, Rodrigo Souza, a meta do LDL de cada pessoa deve ser feita de forma individual.
“Você precisa fazer essa análise sobre quais fatores de risco essa pessoa apresenta. Por exemplo, se é um indivíduo hipertenso e que já apresenta uma plaquinha discreta, ou o espessamento das carótidas — especificamente o espessamento médio-intimal, uma alteração vascular precoce que indica risco cardiovascular e cerebrovascular aumentado, esse paciente já é considerado de risco intermediário, e passa a ter uma meta de LDL abaixo de 100.”
O médico acrescenta que, caso o paciente seja unicamente diabético, ele já é considerado um paciente de alto risco cardiovascular. Por isso, as metas de LDL são ainda mais baixas. “A gente trabalha hoje com 70 miligramas por decilitro (mg/dL) de LDL e colesterol. E, obviamente, se você vai somando fatores de risco, o risco cardiovascular do indivíduo vai aumentando e a meta precisa ser recalculada. Por isso, a necessidade da orientação de um profissional de saúde, em especial de um cardiologista ou endocrinologista, para que você tenha uma orientação mais adequada.”
A meta do colesterol ruim precisa ser ainda mais baixa para quem já teve algum problema cardiovascular, como infarto ou AVC. Nesse caso, o cuidado com o paciente é maior: ele precisa manter o LDL abaixo de 50 miligramas por decilitro, de acordo com Rodrigo Souza.
“Porque todas as vezes que ocorre um evento cardiovascular, pelo menos nos próximos 12 meses, o risco residual desse paciente é muito elevado e ele tem um risco de até 50% de ter uma recorrência de um novo evento cardiovascular, então daí a necessidade da gente tentar desinflamar esse paciente, porque a base de tudo é a inflamação e a gente precisa tratar adequadamente, reduzindo os valores de LDL e também aos outros fatores de risco também precisam estar muito bem controlados para que esse indivíduo não venha a ter um novo evento em um curto espaço de tempo.”
“A gente sempre brinca que o ruim é o ‘logo Deus leva’, para o paciente não esquecer. Esse é o nosso principal alvo. Nós temos uma fábrica em nosso organismo, que é o fígado. Algumas pessoas já nascem com uma predisposição, ou até com uma alteração genética, que leva à produção excessiva de colesterol.
Então, por mais que seja uma pessoa que leve uma vida saudável, que seja magrinha, pratique atividades físicas e não consuma bebidas alcoólicas, se esse indivíduo tiver uma alteração genética, ele pode, sim, desenvolver a hipercolesterolemia familiar. E, assim, passar a apresentar níveis elevados de colesterol e, eventualmente, estar sob maior risco de eventos cardiovasculares, que é justamente o que a gente quer prevenir.”
O colesterol alto, na maioria das vezes, não causa sintomas. Quando aparecem, costumam ser queixas vagas, como dor de cabeça, tontura ou mal-estar. Em alguns casos, o sangue fica mais espesso por causa do excesso de colesterol e triglicerídeos, o que dificulta a circulação e pode levar a complicações graves — como infarto, AVC ou até parada cardíaca.
Por isso, os exames de colesterol devem começar ainda na infância, já que muitas crianças podem apresentar alterações genéticas herdadas dos pais ou desenvolvê-las por causa da alimentação.
“Então fica uma atenção aí para os papais e mamães: pelo menos uma vez, ao longo da primeira infância e depois na adolescência, é importante fazer essa dosagem de colesterol”, orienta o doutor em cardiologia.
Na idade adulta, a partir dos 35, 40 anos, o paciente deve começar a fazer check-ups regulares. Mas isso não quer dizer que antes disso não seja necessário fazer exames.
“Pelo menos um exame de sangue, uma dosagem de colesterol uma vez por ano, para entender como é que está o seu nível de colesterol e assim poder se prevenir adequadamente, para não ter um susto lá na frente e acabar sendo surpreendido com um infarto.”
“A gente tem visto a ocorrência cada vez mais frequente de eventos cardiovasculares em pessoas jovens. O fato é que estamos nos alimentando pior, não fazemos atividade física como deveríamos, dormimos mal e temos uma carga de estresse muito grande.Então, há uma série de fatores no nosso dia a dia que favorecem esse tipo de desfecho. Vamos focar em cuidar e fazer a prevenção adequada.”
O médico explica que o controle do colesterol e dos triglicerídeos deve andar junto. Ele lembra que o fígado tem papel fundamental na produção do colesterol, e que a dieta e a atividade física influenciam cerca de 30% desses níveis. Por isso, em muitos casos, apenas mudar os hábitos não é suficiente — é preciso contar também com o uso de medicamentos.
A principal medicação a ser utilizada são as estatinas, que têm eficácia comprovada na redução do colesterol e na prevenção de doenças cardiovasculares. Apesar de circularem críticas e boatos sobre possíveis efeitos colaterais, o especialista ressalta que não há evidências científicas que associam o uso das estatinas ao desenvolvimento de Alzheimer, diabetes ou outras complicações graves.
Para quem não tolera bem esse tipo de remédio, existem alternativas e combinações possíveis. Entre elas, a ezetimiba, que reduz a absorção intestinal do colesterol, e o ácido bempedoico, recentemente disponibilizado no Brasil, que também auxilia na redução dos níveis.
“Além disso, há medicamentos mais modernos, aplicados a cada 15 dias, que atuam diretamente no fígado sobre a proteína PCSK9. A combinação dessas terapias pode proporcionar reduções de até 80% a 90% nos níveis de LDL, o chamado colesterol “ruim”, que é o principal alvo do tratamento”, finaliza.
Gabrielle Nogueira | Front Comunicação
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