Doenças

Genética aumenta risco de Alzheimer, diz estudo

Concept of memory loss and dementia disease and alzheimer

Um recente estudo publicado na revista científica JAMA Neurology revela que ter uma mãe com Alzheimer pode aumentar significativamente o risco de desenvolvimento da doença.

A pesquisa destaca a importância da herança materna na predisposição genética ao Alzheimer.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Alzheimer corresponde a 60% a 70% de todos os casos de demência e deve afetar até 139 milhões de pessoas em 2050.

Para entender melhor essa relação, o neurologista Dr. Antônio de Matos, especialista em Alzheimer, explica que além da predisposição genética, a idade avançada é o fator de risco mais significativo para o desenvolvimento de Alzheimer.

Outros fatores incluem histórico familiar, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade, baixa escolaridade e isolamento social. Traumatismos cranianos e depressão também contribuem para a vulnerabilidade à doença.

SINTOMAS INICIAIS

Antônio aponta que o Alzheimer começa geralmente com perda de memória recente, dificuldade em encontrar palavras, repetição de perguntas ou histórias, e desorientação em relação ao tempo e lugar.

Mudanças de humor e comportamento, como irritabilidade ou apatia, além de dificuldades para realizar tarefas diárias, são também sintomas iniciais comuns.

DIAGNÓSTICO

Segundo ele, o diagnóstico envolve uma combinação de avaliações clínicas, exames de imagem e testes cognitivos.

Avaliações neuropsicológicas verificam a memória e outras funções cognitivas, enquanto exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, ajudam a descartar outras causas de demência.

Biomarcadores no líquido cefalorraquidiano e exames de sangue também estão sendo desenvolvidos para melhorar a precisão do diagnóstico.

PREVENÇÃO

O neurologista explica que, embora não haja uma maneira garantida de prevenir o Alzheimer, hábitos saudáveis podem ajudar a retardar seu início.

Manter uma dieta saudável, praticar exercícios físicos regularmente, e manter a mente ativa por meio de leitura e atividades sociais são recomendados.

Controlar doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool também são medidas preventivas importantes

TRATAMENTO

Atualmente, não há cura para o Alzheimer, mas tratamentos estão disponíveis para gerenciar os sintomas.

Medicamentos como inibidores da colinesterase e memantina podem melhorar temporariamente a memória e a função cognitiva.

Além dos medicamentos, terapias não farmacológicas, como estimulação cognitiva e atividades ocupacionais, podem ser benéficas.

No entanto, o médico ressalta que a eficácia varia entre os indivíduos e os tratamentos não interrompem a progressão da doença.

PESQUISA E FUTURO

Conforme o neurologista, os próximos passos na pesquisa sobre a influência genética no Alzheimer envolvem identificar novos genes associados à doença e entender como eles interagem com fatores ambientais.

Avanços na tecnologia de sequenciamento genético permitem uma análise mais profunda do genoma humano.

Estudos sobre epigenética, que examinam como o ambiente e o estilo de vida influenciam a expressão genética, também são promissores.

Além disso, a pesquisa em terapias genéticas e medicamentos direcionados a variantes genéticas específicas está em expansão.

Romeu Lima

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